Às vezes, nos deparamos com situações em que percebemos que, embora gostemos de algo, não necessariamente este é o nosso favorito ou até mesmo o que mais nos agrada. No caso de programas de televisão, isso pode acontecer de diversas maneiras: podemos sentir que determinado canal nos proporciona um entretenimento mais adequado, porém, ao mesmo tempo, não gostamos do seu programa mais popular. Como explicar essa aparente contradição?

A primeira questão a ser abordada é a subjetividade do gosto pessoal. Cada um de nós possui um acervo de referências e experiências próprias, o que acaba influenciando diretamente o modo como recebemos algo novo. Logo, é natural que haja variações nas preferências de cada um, uma vez que não existe o gosto universal para todos.

Além disso, os programas de TV são extremamente diversos em suas propostas e formatos, contemplando desde telejornais, passando por séries e novelas, até game shows e reality shows. O que agrada a pessoa A pode não ser interessante para a pessoa B, e vice-versa. Nesse sentido, a variação nas escolhas televisivas é uma maneira saudável de garantir a liberdade de escolha e respeito à singularidade humana.

Por outro lado, é recomendável que façamos constantes reflexões críticas em nossas escolhas. Afinal, é preciso considerar que muitas vezes os programas de TV (assim como outras mídias) promovem discursos e valores discutíveis, ou mesmo disseminam preconceitos e estereótipos. Por isso, é importante questionar se o que estamos assistindo é, de fato, algo que nos faz bem e contribui para uma sociedade mais justa e inclusiva.

Dito isso, não devemos menosprezar a importância do autoconhecimento em nossas escolhas televisivas. Uma vez que conhecemos nossas preferências e objetivos pessoais, podemos selecionar os programas que realmente nos agregam valor, sem a intenção de seguir a opinião alheia ou simplesmente “conformar” às escolhas da maioria.

Para concluir, podemos afirmar que nos sentimentos ambivalentes em relação aos programas de TV são perfeitamente normais e até mesmo saudáveis. Cada um de nós possui uma experiência única, e é natural que as preferências sejam distintas em diversos contextos. O importante é sempre ter em mente a importância da reflexão crítica, do respeito à diferença e do autoconhecimento em nossas escolhas televisivas.